Comper

Karol Guimarães denuncia oportunismo e uso distorcido das cotas raciais nas eleições da OAB-DF

 A advogada Karol Guimarães, líder da chapa 99, A OAB Que Eu Preciso, não poupou críticas ao que considera uma distorção ética nas eleições da Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional do Distrito Federal (OAB-DF). Em oposição a outras candidaturas, sua chapa é a única que não impugnou candidaturas baseadas em autodeclaração racial, reafirmando o compromisso com um direito inquestionável, essencial na luta histórica por reparação racial. Para Karol, o respeito à autodeclaração é um pilar fundamental, e qualquer questionamento que busque deslegitimá-la é não apenas discriminatório, mas um atentado contra os valores de igualdade que deveriam nortear a Ordem.



Recentemente, a advogada criticou o que classificou de “oportunismo da candidata  Cristiane Damasceno, conhecida representante das “panelinhas” que dominam a instituição há décadas.” Damasceno teve sua autodeclaração questionada por outro integrante do grupo das panelas, Everardo Gueiros, em um ato que Karol classificou como um “vergonhoso vale-tudo”. A candidata da chapa 99 repudiou veementemente o uso político dessa questão delicada: “Questionamentos que envolvem preconceito racial, ou que tentam enfraquecer a autodeclaração, são inaceitáveis e violam os princípios fundamentais da nossa sociedade e da própria OAB, que deveria ser um bastião da igualdade”, afirmou.

Karol Guimarães, que também é de família negra, destacou ainda sua indignação com a forma como Damasceno utiliza a questão racial em sua campanha. A candidata da chapa 99  diz que o uso político do racismo pelos “candidatos das panelinhas” para se autopromoverem é deplorável.

Eu pergunto: onde estava essa candidata quando teve oportunidade de lutar por verdadeiras mudanças? É vergonhoso usar uma pauta que tanto sofrimento causa para tirar proveito eleitoral

, pontuou Karol.

Um passado condenável e um presente de conveniência


A postura de Damasceno, que hoje se apresenta como “indignada”, contrasta com seu histórico, denuncia Karol Guimarães. Segundo ela, Cristiane Damasceno, nas últimas eleições da Ordem, foi protagonista de uma das decisões mais controversas. “Ela, que era presidente em exercício, da Ordem, assistiu, pacificamente, à comissão eleitoral impugnando candidaturas com base no mesmo critério das cotas raciais, apenas para defender os interesses de sua aliança, à época.” lembrou Karol  Guimarães. “Quando era conveniente, ela usou essa mesma pauta para eliminar quem não lhe agradava. O absurdo dessa subcomissão de heteroidentificaçāo, que faz parte do Provimento 222, foi aprovado no Conselho Federal da OAB com seu apoio. Agora, ela prova do próprio veneno”, relembra a candidata da chapa 99, destacando o oportunismo e a incoerência da candidata.

Uma campanha que deve se manter fiel ao verdadeiro propósito


A chapa 99 conclama a advocacia do DF a manter o foco no que realmente importa nestas eleições. “Não se trata de cor de pele. Eu sou de família negra, venho de uma família humilde e nunca usei essa condição para benefício pessoal. Esta eleição não é sobre ganhar vantagens. É sobre representar os 99% excluídos do sistema da OAB, incluindo negros, pessoas com deficiência, outras minorias, e todos que foram deixados à margem por quem sequestrou a nossa instituição”, frisou Karol, reforçando a necessidade de se combater o oportunismo e garantir que a OAB seja, verdadeiramente, a casa de todos os advogados.

Em um cenário marcado pela luta por direitos e representatividade, Karol Guimarães se posiciona como uma liderança firme, sem tolerância com o uso eleitoral de pautas sensíveis e determinada a devolver a OAB-DF aos advogados e advogadas que clamam por mudança e inclusão real.

Postar um comentário

Postagem Anterior Próxima Postagem