Com a história do menino que queria ser
soldado, oftalmologista Francisco Irochima apresentou o poder de buscar fazer
mais pelo outro
Como o Jeito de Cuidar Unimed pode transformar obstáculos em
oportunidades? Responder a esse questionamento foi o objetivo da palestra “O
menino que queria ser soldado”, idealizada pela Unimed do Brasil e promovida
pela Unimed Federação Centro Brasileiras para as suas Singulares, na manhã de
21 de agosto.
Os mais de 300 participantes tiveram a oportunidade de escutar de
Francisco Irochima (foto), médico oftalmologista e inovador criativo, quais são os
conceitos de cuidado e como eles estão presentes em todos os departamentos das
Unimeds.
Ele abordou também a conectividade e a velocidade que o mundo
tecnológico demanda, além dos desafios e as expectativas que se tornaram
maiores nos últimos anos.
No entanto, barrar a inovação não é a saída. “A tecnologia é boa, o desafio
é o que vamos fazer com ela”, afirmou. Um exemplo de diferente uso da inovação
foi dado pelo palestrante com o gás mostarda, utilizado em guerras, mas que
também deu início às pesquisas para a criação da quimioterapia.
O menino que queria ser soldado
Durante a palestra, foi contada a história do menino que queria ser
soldado, mas decidiu seguir o caminho da medicina, a fim de encontrar soluções
para a cegueira que acometia seu avô.
Esse menino era o próprio Francisco que, após ter se formado, criou
topógrafos de córnea acoplados em celulares que ajudam na triagem de doenças
oftalmológicas, especialmente a ceratocone. Isso auxilia nos diagnósticos de
pacientes que vivem em regiões com pouca estrutura de cuidados com a
saúde.
A lista de inovações formuladas pelo médico e sua equipe, da startup
Ciência Ilustrada, é longa, com dispositivos para o Teste do Olhinho e
impressões em 3D de fetos (observados em ultrassonografia) para mães e pais com
deficiência visual, entre várias outras criações.
As ideias também vão além da oftalmologia. Após o diagnóstico de um
câncer renal, Francisco colocou em prática um chip para celular que consegue
analisar os componentes e propriedades da urina. A concessão da patente foi
obtida e, agora, basta esperar para que o dispositivo chegue ao mercado.
O Podovox é outra inovação do time, que ajudou um paciente paralisado,
que movimentava apenas os pés, a se comunicar com a equipe médica e
familiares.
“A gente tem metas na vida, como comprar uma casa, mas não podemos nos
esquecer de nossos propósitos. Procure o seu propósito, pois é ele que irá
alavancar sua vida. Não existe receita de bolo para isso”, aconselhou o
empreendedor, que acrescentou ainda sobre a importância de se manter no caminho
da ética.
“Seja ético e trate bem as pessoas. O sucesso pode ocorrer ou não, mas o
propósito será mantido”, finalizou.