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Tocantins zera fila por cateterismo cardíaco eletivo em crianças

 

Medplus contratou especialistas de outros estados para garantir o atendimento

 

Paulo Correia Calamita e Jonathan Guimarães Lombardi são so médicos que realizaram este feito no Hospital Geral de Palmas. (Divulgação)

Não há mais fila de espera por cateterismo cardíaco eletivo para crianças no Tocantins. Desde 2020 o Estado investe na qualificação do serviço implantado no Hospital Geral de Palmas (HGP). O HGP conta com o Serviço de Hemodinâmica, que possui uma estrutura moderna utilizada pelos hemodinamicistas especializados em cardiopatias congênitas, Paulo Correia Calamita e Jonathan Guimarães Lombardi. Contratados por meio da parceria com a Medplus, os médicos de Goiânia atuam todos os meses na unidade de saúde e comemoram a marca de 200 crianças atendidas. 

“Após o cateterismo, o paciente sai curado da cardiopatia, evitando uma cirurgia de tórax aberto”, explica o cardiologista pediátrico e hemodinamicista especializado em cardiopatia congênita, Paulo Correia Calamita. “São procedimentos que duram em média uma hora e meia e com média de internação de 24 horas que realizamos desde o período neonatal, ou seja, com dias de vida - com pesos de 1 quilo, 700 gramas - até 18 anos”, complementou.

A Medplus, responsável por captar os especialistas, comemora o feito. “É gratificante ver que com esse trabalho de logística conseguimos melhorar o atendimento de saúde. Imagine que até 2020 as famílias precisavam viajar para outras localidades em busca de tratamento. Hoje é o médico que contratamos é que vai até o paciente”, relata Tiago Simões Leite, médico pediatra e diretor da Medplus, empresa terceirizada que faz a contratação dos especialistas para o HGP.   

Tiago Simões Leite, diretor da MedPlus Serviços Médicos. (Divulgação)



Depoimentos de mães

Assim que a filha de Leudimar Matias nasceu, em Imperatriz, no interior do Tocantins, a família foi orientada a procurar um especialista. Diagnosticada com estenose pulmonar ela sabia que a bebê precisaria de um cateterismo. Isso foi em dezembro, um dia depois do Natal.

“Nesses quatro meses de vida, ela não teve nenhuma intercorrência”, contou a mãe da menina que passou pelo procedimento em maio. “Ela está bem e aguardando o retorno.”

Outra mãe preparada para retornar ao hospital com sua bebê é Daniele Feitosa Pinto. Ela lembra que recebeu com muito medo o diagnóstico da cardiopatia da filha recém-nascida. “Eu soube que ela teria de fazer uma cirurgia de peito aberto e deu muito medo, mas optaram pelo cateterismo. Quando ela entrou dentro da sala de cirurgia, eu fiquei muito assustada, muito nervosa mesmo e, ao mesmo tempo, eu fiquei aliviada porque os médicos me passaram segurança. Na hora que ela saiu, eu vi que estava tudo bem”, relata a mãe, que hoje exibe orgulhosa a bebê em recuperação. 

Daniele Feitosa Pinto, mãe da pequena paciente. (Divulgação)


Cateterismo

O cateterismo cardíaco é um procedimento que pode ser utilizado para diagnosticar ou tratar doenças do coração. Ele consiste na introdução de um cateter, que é um tubo flexível extremamente fino, que será conduzido até o coração. “Diferente do procedimento em adultos que se faz pelo braço, nas crianças o cateter é introduzido pela perna ou pescoço”, explica Calamita. E, segundo o médico, o procedimento “permite tratar até 2/3 das cardiopatias congênitas, com internação curta, com mínima taxa de complicações”.

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