Especialistas esclarecerem
dúvidas de colaboradores sobre segurança cibernética e gestão de senhas
Quem nunca usou sua data
de aniversário, o nome do pet ou o apelido do filho como senha do banco, de um
site de compras ou de acesso ao computador da empresa? Provavelmente, poucas
pessoas conseguem responder essa pergunta de forma negativa.
Se você já caiu nesta
tentação e abandonou esse hábito, parabéns! Mas, se continua insistindo nesta
prática, atenção: você pode estar facilitando, e muito, a vida de hackers. O
alerta foi reforçado hoje, 22, pelos palestrantes do Workshop Gestão de Senhas,
promovido pela Unimed Federação Centro Brasileira.
Realizado no formato 100%
virtual, o evento reuniu colaboradores da Federação e de Unimeds federadas para
mais uma abordagem sobre a segurança das senhas e a importância dessa medida
para a proteção de toda a cooperativa.
Roberto Duarte,
da Unimed Federação Centro Brasileira; Thais Amorim e Lerrander Batista,
respectivamente, das federadas Unimed Anápolis e Unimed Morrinhos, e Régis
Madureira, da empresa Tripla, abordaram o assunto, apresentando práticas recomendadas para
garantir a proteção dos dados mais sensíveis.
Segundo eles, a
cibersegurança exige cuidado e atenção por parte dos usuários de computadores,
pois os hackers contam, por exemplo, com um arsenal de truques, técnicas de adivinhação,
acuidade na observação do uso do teclado e softwares que os ajudam a decifrar aquela
senha que você jurou que estava bem protegida.
Dentre as dicas
apresentadas por eles para aumentar a segurança das senhas estão a atualização
periódica destes dados, o uso de padrões mais complexos misturando fontes
maiúsculas, minúsculas e caracteres especiais, nunca universalizar as senhas,
ou seja, não usar no banco a mesma das redes sociais, e, jamais, deixar essas
senhas expostas, anotadas em papeis, no celular ou computador em locais que
possam ser acessados por outras pessoas.
Armazenar as senhas no
navegador Web para facilitar o acesso também não é uma boa dica. Pelo
contrário: é um risco e não é recomendado. “Essa não é uma ferramenta própria
para armazenamento”, alertou Thaís Amorim. Também evite o uso das opções “Lembre-se
de mim” ou “Continuar conectado”.
Os cuidados com a proteção
das senhas vão além. As suas postagens nas redes sociais, como comemorações de
aniversários, o uso de apelidos carinhosos, a citação de hobbies ou locais
favoritos para férias também podem contribuir para o sucesso da ação de hackers
caso você utilize algum desses dados em suas senhas. “Hoje, nos expomos muito e
facilitamos a vida dos hackers”, disse Roberto Duarte.
Então, como criar uma
senha segura? Os especialistas deram algumas dicas:
Use números, letras e
caracteres aleatórios.
Use, no mínimo, dez
caracteres.
Use frases fáceis de
lembrar a senha e troque letras por caracteres e números.
Utilize dois fatores de
autenticação.
Porém, nenhuma senha é
segura se você dispensar outras formas de proteção, por exemplo, deixando a senha
anotada no monitor. Portanto, para se proteger, siga as dicas dos especialistas,
redobre a segurança com suas senhas e faça trocas, no mínimo, a cada 90 dias.