Tratamento tardio acentua a gravidade da doença. Casos fatais chegam a 30%
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A morte de uma estudante de medicina, de 22 anos, em decorrência de tromboembolismo pulmonar, em Goiânia (GO), no dia 14 deste mês, chama a atenção para a gravidade do problema e para o aumento da ocorrência de casos.
Conforme levantamento feito pela Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular com base em dados do DATASUS, do Ministério da Saúde, entre janeiro de 2012 e maio de 2022, as internações pela doença aumentaram 89% no país – saltaram de 5.797, em 2012, para 10.953 em 2021. Segundo o estudo, dos casos hospitalizados no SUS em decorrência de embolia, 93,8% tiveram caráter de urgência.
“Os primeiros sintomas de uma pessoa com tromboembolismo pulmonar são falta de ar, dor no peito, queda da pressão arterial e até desmaio”, explica o cardiologista Maurício Lopes Prudente, diretor médico do hospital Encore/Kora Saúde, localizado em Goiânia. Segundo o médico, o diagnóstico precoce pode reverter a doença, mas a detecção do problema é, muitas vezes, dificultada pela multiplicidade de sintomas, que faz com que a doença seja confundida com outras [veja mais sintomas abaixo].
O tromboembolismo pulmonar é uma condição grave, que ocorre quando há a obstrução das artérias dos pulmões por coágulos, também chamados de trombos ou êmbolos. Na maioria das vezes, esses coágulos se originam nas veias profundas das pernas ou da pélvis e se deslocam pela corrente sanguínea. Um dos principais problemas da doença é que a parcela do pulmão comprometida pela falta de oxigenação não pode ser recuperada.
O diagnóstico da doença é realizado por exames de eletrocardiograma, radiografia do tórax, angiotomografia, angioressonância e arteriografia pulmonar.
Causas
Há uma ampla variedade de causas de tromboembolismo pulmonar, como, por exemplo, alguns tipos de câncer; traumas; uso de anticoncepcionais com estrógeno; reposição hormonal; gravidez e pós-parto; varizes; obesidade; tabagismo; insuficiência cardíaca; Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC); e distúrbios na coagulação do sangue.
Outro fator que pode provocar tromboembolismo pulmonar são cirurgias de grande porte. “A pessoa que está acamada por um tempo prolongado, um pós-operatório de uma cirurgia ortopédica, por exemplo, pode manifestar a condição. Pessoas com predisposição a doenças que tendem a formar coágulos também podem desenvolver esse quadro”, afirma o médico. Para esses casos, recomenda-se o uso de meias elásticas de compressão.
Além disso, a doença pode ser motivada por atividades comuns, a exemplo de viagens prolongadas. Nesses casos, é recomendado, quando possível, ficar de pé no corredor – do ônibus ou avião – e caminhar um pouco a fim de estimular a circulação sanguínea.
Sintomas
Os principais sintomas de tromboembolismo pulmonar são: aceleração dos batimentos cardíacos e da respiração, palidez, ansiedade, pele e unhas azuladas (cianose), tosse seca ou com sangue, dor aguda no peito, perda temporária de consciência (síncope), pressão baixa (hipotensão arterial) e febre.
Sobre a Kora Saúde
Um dos maiores grupos hospitalares do país, a Kora Saúde possui 17 hospitais espalhados pelo Brasil e está presente no Espírito Santo (Rede Meridional nas regiões de Cariacica, Vitória, Serra, Praia da Costa, em Vila Velha, e São Mateus); Ceará (Rede OTO, todos em Fortaleza); Tocantins (Medical Palmas e Santa Thereza na cidade de Palmas); Mato Grosso (Hospital São Mateus em Cuiabá); Goiás (Instituto de Neurologia de Goiânia e Hospital Encore); e Distrito Federal (Hospital Anchieta e Hospital São Francisco). O grupo possui mais de 2 mil leitos no país e 11 mil colaboradores. A Kora Saúde oferece um sistema de gestão inovador, parque tecnológico de ponta e alta qualidade hospitalar, com o compromisso de praticar medicina de excelência em todas as localidades onde está presente.