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Quilombolas em Cavalcante/GO são beneficiados com kits pedagógicos da LBV

 

    Foto: Egeziel Castro da LBV

A Legião da Boa Vontade (LBV) retorna pelo quinto ano consecutivo a cidade goiana de Cavalcante, localizada na região nordeste de Goiás e ao norte da Chapada dos Veadeiros, a cerca de 500 km de Goiânia e a 320 km de Brasília, Cavalcante é um dos maiores e mais antigos municípios goianos e registra o menor Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) do estado.

 

Com estradas e acessos mais favoráveis, a LBV voltou nessa primeira quinzena de fevereiro ao município para entregar, dessa vez, 300 kits pedagógicos para alunos de 18 escolas rurais localizadas na maior comunidade quilombola do Brasil, a comunidade Kalunga.

 

A iniciativa faz parte da campanha LBV — Educação: Futuro no Presente! que anualmente entrega, de janeiro a março, kits pedagógicos em todo o Brasil. Neste ano, a meta é beneficiar mais de 20 mil crianças, adolescentes e jovens que frequentam os serviços e programas socioeducacionais da LBV e o público dessa faixa etária auxiliado por entidades parceiras da Instituição em todo o país. Uma ajuda e tanto para as famílias que vivem em situação de vulnerabilidade social e enfrentam dificuldades para a compra do tão encarecido material escolar.

 

Desafios da Educação no Quilombo Kalunga

 

Acompanhados pela equipe da Secretaria de Assistência Social e de Educação do município de Cavalcante/GO, voluntários da LBV percorreram durante 2 dias escolas localizadas nos povoados do Engenho II, Vão do Moleque, Prata e Vão de Almas. Muitas dessas escolas são de difícil acesso até mesmo para os alunos.

 

   Foto: Egeziel Castro da LBV

Os voluntários da LBV conheceram as escolas e as grandes distâncias que separam as crianças que nelas estudam. Apesar das políticas educacionais adotadas para as comunidades quilombolas, os Kalungas ainda enfrentam muitos desafios na área da educação.

 

A falta de infraestrutura adequada nas escolas é um dos principais problemas enfrentados pelos alunos e educadores. Muitas escolas não possuem salas de aula suficientes, fazendo com que o ensino aconteça em salas multisseriadas e com recursos simples e às vezes sem nenhuma estrutura como banheiros adequados, alimentação, biblioteca, quadra poliesportiva, laboratórios de informática e outros equipamentos básicos para o ensino. Essas crianças quilombolas acordam muito antes de o sol raiar, às vezes não tomam café da manhã, e com a barriga vazia tomam o caminho que vai levá-los para estudar. Mesmo assim não desistem de estudar, nem mesmo as chuvas intensas de início de ano conseguem impedi-las de continuar os estudos. Há relatos de professores que atravessam seus alunos à canoa quando o rio está muito cheio.

 

Ainda hoje é possível ver casas e escolas feitas de adobe (terra-crua), algumas com estruturas que as mantêm em pé a mais de quatrocentos anos depois de sua criação. Os quilombolas kalungas são descendentes de pessoas escravizadas que se embrenharam em uma mata ondulada e de difícil acesso, no meio da Chapada dos Veadeiros.

 

   Foto: Egeziel Castro da LBV

Ajude a fazer diferença na vida dessas e de outros milhares de crianças no Brasil. A campanha está sendo realizada pela LBV até o mês de março e quem puder contribuir com a campanha, ainda dá tempo. Basta acessar o site www.lbv.org ou, se preferir, faça um PIX solidário: pix@lbv.org.br.

O resultado da campanha pode ser conferido no endereço @LBVBrasil no Instagram e no Facebook.

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