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“Precisamos de um outro olhar sobre esse bioma que acolhe Brasília”, diz Ilka Teodoro em evento do CAU/DF


A administradora do Plano Piloto é uma defensora do uso de espécies nativas do Cerrado no paisagismo da cidade


Fotos: Emanuelle Sena.

A importância e possibilidades dos usos de espécies nativas do Cerrado para a criação de jardins e paisagismo urbano em Brasília, foram o tema da live "Jardins na Paisagem Urbana e Conservação da Biodiversidade", promovida na noite da última quarta-feira (30), pelo Conselho de Arquitetura e Urbanismo do DF.

Defensora do uso das plantas nativas do Cerrado no paisagismo da cidade, a administradora Ilka Teodoro foi convidada para a mesa de abertura e falou sobre a experiência da Administração do Plano Piloto no uso, ainda experimental, dessas espécies.

"O Cerrado é o bioma que acolhe a cidade de Brasília, que é uma cidade reconhecida mundialmente como um patrimônio histórico, cultural e  arquitetônico, como assim, a nossa cidade não pode usar estas espécies nativas na sua estética urbana?", disse Ilka.

Desde 2020, Brasília tem um "Jardim Piloto", de espécies naturais do bioma Cerrado, num projeto feito em parceria com o programa Adote uma Praça, com mais de 500 mudas plantadas no local, planejado para resistir aos grandes períodos de seca do planalto central, sem a necessidade de uso de recursos públicos para regas, por exemplo.

"Temos trabalhado diversas iniciativas pensando em como ajustar essas espécies a esse paisagismo urbano, lembrando sempre que a beleza do Cerrado e as possibilidades do Cerrado, ainda pouco exploradas, são fundamentais para viabilizar esse projeto", concluiu a administradora.

O evento contou com as apresentações da arquiteta Mariana Siqueira, com uma palestra sobre os "Jardins de Cerrado", e do professor Dr. Júlio B. Pastore, sobre a experiência do "Jardim de Sequeiro do ICC", que também usa espécies nativas do Cerrado no paisagismo da Universidade de Brasília.

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