Referência no combate ao coronavírus, HRL recebe elogios de pacientes e profissionais da saúde
Nunca um hospital de campanha foi
tão necessário para uma comunidade quanto o Hospital Regional de Luziânia (HRL),
no entorno do Distrito Federal. Inaugurado há quase sete meses, em meio à
pandemia do coronavírus, o HRL atendeu mais de 9.000 pessoas no Pronto-Socorro
neste período e comemorou 440 altas.
Sem condições de tratamento na
região, os mais de 1, 2 milhão de pessoas precisavam buscar ajuda nos hospitais
de Brasília. A decisão firme e assertiva de transformar o prédio desativado há
quatro anos em hospital de campanha foi do governador Ronaldo Caiado. Em uma
semana, uma equipe de médicos, enfermeiros e administrativo colocou o hospital
para funcionar.
Os primeiros pacientes vieram transferidos
pela central estadual de regulação de vagas do Estado de Goiás. Os leitos são
ocupados gradualmente, a partir da avaliação diária e conjunta da direção com a Secretaria Estadual de Saúde.
O HRL transformou-se em poucos
meses em hospital de referência no combate ao coronavírus no Estado de Goiás.
Possui 20 leitos de UTI e 31 de enfermaria. Conta com mais de 240 profissionais
altamente qualificados. Possui tomógrafo e aparelho de Raio-X digital. Inaugurou
um serviço de tele triagem para facilitar o diagnóstico da população e diminuir
a circulação de pessoas com o objetivo de minimizar a proliferação do vírus.
“Vivemos momento de muita
apreensão, com uma doença que pouco conhecíamos. Nestes sete meses, passamos a
valorizar ainda mais algumas profissões, como os fisioterapeutas, que nos
ajudaram a ajustar os parâmetros de ventilação. Entendemos a necessidade de uma
assistência constante do corpo de enfermagem. Acolhemos e nos solidarizamos com
a dor das famílias’, relata a gerente assistencial, Suzana Brito Castilho,
enfermeira há seis anos, e no HRL desde o início.
Para ela, a ativação do hospital
de campanha ajudou a salvar milhares de vidas. “Eram pessoas desassistidas que
conseguiram tratamento rápido e adequado. O hospital também gerou dezenas de
empregos para os profissionais da região”, diz a enfermeira.
Só no início de dezembro, mais de 20
pessoas tiveram alta do HRL. Entre elas a dona Hortóbia Meireles Leite (Vovó
Tuna), que aos 90 anos conseguiu vencer o vírus e voltou para casa. A família
enviou ao hospital um depoimento emocionado agradecendo “aos profissionais que
aliviaram as dores, ouviram suas histórias e sorriram nos momentos mais
difíceis”.
A enfermeira Mayara Rocha de
Oliveira, coordenadora do Núcleo Interno de Regulação (NIR), conta emocionada o
quanto aprendeu e se desenvolveu profissionalmente nos últimos meses. Desde
junho, ela conta que alternou estado de medo e cansaço, mas conseguiu superar
recebendo o carinho dos pacientes e familiares. Um dos momentos emocionantes
foi a alta da
professora Simone Alves Rabelo Meireles, de 40 anos, moradora de Luziânia, que
ficou 66 dias internada, sendo 59 só na UTI.
“Eu não estava de plantão no dia
da alta, mas fiz questão que me ligassem e participei por vídeo da festa que
fizeram. Parentes e professores comemoram muito. Foi realmente emocionante”,
diz. Os parentes de Simone deixaram um depoimento de agradecimento à equipe de
saúde. “Que Deus os recompense pela dedicação, paciência, coragem e Amor”,
escreveram.
Preparado para 2021
O Hospital Regional de Luziânia
está se preparando para o início de 2021, fazendo o provisionamento de
materiais. Segundo Suzana, a equipe está extremamente motivada com os
resultados conquistados nos últimos meses. “Mesmo com a chegada da vacina,
entendemos que haverá necessidade de continuar o trabalho de atendimento e
prevenção do vírus”, afirma.
Mesmo com o fim da pandemia, a
população da região de Luziânia espera que o hospital se transforme em um
legado. “É o nosso maior sonho ter um hospital permanentemente cuidando da
população da cidade e dos municípios vizinhos”.
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