Casos de catapora aumentam com o fim do inverno e a chegada da primavera: saiba como se proteger
De setembro a outubro é comum observamos um aumento do número de casos de catapora. A forma benigna e mais leve da doença acomete as pessoas nos primeiros anos de vida. A estimativa é que no Brasil apenas 10% dos maiores de 25 anos de idade não tenham contraído o vírus.
A catapora é causada pelo vírus Varicela-Zóster e provoca manchas avermelhadas na pele que evoluem para bolinhas vermelhas. A doença pode causar também mal estar, cansaço, dor de cabeça, perda de apetite e febre. Quando acomete um adulto, tem potencial mais grave e taxa de letalidade de 15 a 40 vezes maior que a verificada em crianças saudáveis. No período de 2012 a 2016, foram registrados 649 casos de óbitos de brasileiros por varicela com ou sem outras complicações.
A vacina varicela zoster é a melhor forma de evitar a Catapora e as pessoas que não tiveram a doença precisam se imunizar. O esquema de vacinação começa aos 12 meses de idade, com duas doses no intervalo de três meses. “Em situações de risco, por exemplo, surto de varicela ou exposição em ambiente coletivo (escola, creche ou domicílio) deve ser realizada a vacinação em crianças a partir de nove meses de idade, como um bloqueio. Nesta situação é necessário fazer o esquema de rotina” explica a infectologista e gerente de imunizações do Sabin, Ana Rosa dos Santos.
O herpes zoster conhecido como “cobreiro” acontece com a reativação, na fase adulta, do vírus varicela zóster, que permaneceu latente durante os anos. Sua principal complicação é a neuropatia pós-herpética, responsável pela dor crônica, duradoura, de difícil controle e muito debilitante. Geralmente, o vírus reaparece em episódios de imunidade baixa ou estresse. A doença pode se manifestar em qualquer idade, mas é mais comum após os 50 anos de idade. Assim, a vacina foi licenciada para pessoas a partir dos 50 anos e é recomendada na rotina para maiores 60 anos de idade.
Para proteção contra o herpes zóster existe outra vacina, produzida pelo próprio vírus vivo atenuado. É contraindicada em pessoas imunodeprimidas, com alergia grave (anafilaxia) a algum dos componentes da vacina, pessoas com tuberculose ativa não tratada e gestantes. “Após quadro de herpes zóster é recomendado aguardar um ano para aplicação da vacina. Como toda vacina, o evento adverso pode acontecer de leve a moderado, como coceira, vermelhidão, inchaço, dor”, ressalta a médica.