Representantes da sociedade e do governo do DF e empresários discutirão, a partir de hoje, políticas públicas para resíduos sólidos durante a "4ª Conferência Distrital" e a "1ª Conferência Regional do Meio Ambiente", ambas no Centro de Convenções.
"A capital do país tem o maior lixão a céu aberto em operação na América Latina, e o GDF tem se empenhado em mudar essa realidade", disse hoje o secretário de Meio Ambiente do DF, Eduardo Brandão.
A abertura do evento acontecerá às 17h e contará com a participação da ministra de Meio Ambiente, Izabella Teixeira. Além dela, até o próximo sábado, representantes de diversos órgãos do GDF comparecerão às discussões, que têm participação livre.
Desde julho, mais de 1,4 mil pessoas participaram de encontros preparatórios com o objetivo de elencar os problemas específicos de cada comunidade e propor uma política pública eficiente.
Todas as propostas levantadas nessas reuniões serão apresentadas e discutidas nas conferências. Entre os dias 24 e 27 de outubro está marcado o encontro nacional, que reunirá projetos de todo o país sobre resíduos sólidos.
PROPOSTAS
Entre as principais propostas para o DF estão o encerramento das atividades do lixão da Estrutural; a abertura do Aterro Sanitário Oeste, localizado entre Ceilândia e Samambaia; a coleta seletiva em todo o DF; e a instalação de 12 centrais de triagem de materiais recicláveis para abrigar o trabalho das cooperativas.
Também estão previstas a construção de seis áreas para a reciclagem de resíduos da construção civil, duas áreas de aterro de inertes (lixos que não reagem química ou biologicamente, como o vidro), e um centro de comercialização de materiais recicláveis.
Os debates estão centrados em quatro eixos temáticos: produção e consumo sustentáveis; redução dos impactos ambientais; geração de trabalho, emprego e renda; e educação ambiental.
INCLUSÃO SOCIAL
Na abertura do evento, será lançado um programa resultado de parceria entre o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico Social (BNDES) e o governo local, que concede apoio financeiro não reembolsável de R$21,3 milhões em projetos de inclusão de catadores.
Segundo Brandão, o dinheiro está destinado à instalação das 12 centrais de triagem e também prevê equipagem e capacitação dos trabalhadores. "São cerca de 3 mil catadores no DF recebendo, em média, um salário mínimo por mês com a nova política de resíduos sólidos. Temos a meta de aumentar esta renda em 50%, a princípio", disse.
Serviço:
"4ª Conferência Distrital" e a "1ª Conferência Regional do Meio Ambiente"
Data: Quinta-feira (12)
Horário: 17h
Local: Auditório Master do Centro de convenções Ulysses Guimarães